sexta-feira, 6 de maio de 2011

Grand Caprice on Der Erlkönig

Interpretação de Hilary Hahn, para o arranjo de Wilhelm Ernst para a música Der Erlkönig, de Schubert, baseada em um famoso poema alemão, de Goethe, que descreve as aflições de um pai que tem o seu filho atacado por um ser sobrenatural, o Erlkönig.
O pai cavalga com o filho na garupa. O pai percebe o filho ansioso, com medo, pois dizia estar vendo o Erlkönig. O pai tenta acalmar o filho, atribuindo a visão ao nevoeiro. O menino então ouve o Erlkönig tentando-o a vir com ele. O pai continua tentando o acalmar, atribuindo ao vento e as folhas. O Erlkönig então agarra e fere o menino. O pai segura o filho nos braços e cavalga mais e mais rápido para chegar a uma fazenda. Mas já é tarde, e quando ele chega, o menino já está morto em seus braços.
O poema deixa em aberto se ele quer descrever literalmente a situção, ou se ele simplesmente supõe que o menino estava necessitando de cuidados médicos, com febre, delirando.
A música começa descrevendo a cena da cavalgada.



Transcrevendo os comentários do próprio vídeo:
Wilhelm Heinrich Ernst foi amplamente visto com um grande violinista do seu tempo, e o maior sucessor de Paganini. O Grand Caprice on Der Erlkönig é considerado uma das peças mais difíceis para violino, devido ao fato que o violinista ter que expressar 4 vozes em um instrumento tradicionalmente monofônico. Nessa peça nós podemos ouvir 4 diferentes vozes: o narrador, a criança, o pai e o Erlkönig! Erlkönig (1782) é provavelmente o poema alemão mais famoso. As tercinas com repetições de oitavas simulam o galope do cavalo, criando um tema de horror. A voz do narrador se dá no registro médio, a do pai, nos graves, e do filho no agudos, representando o pavor da criança. A música se torna mais intensa conforme o pai tenta desesperadamente fazer seu cavalo ir mais rápido. A música fica mais lenta e há uma pausa antes do término. O pai chega com seu filho morto nos braços.

terça-feira, 8 de março de 2011

Música Medieval - Viela

Nesse vídeo, Barry Hall toca uma música medieval em um instrumento chamado viela (do francês vielle), um dos antepassados dos instrumentos das cordas friccionadas (violino, viola, cello).




Destaque para a percussão que ele faz com o pé...muito legal...

O que dá esse "toque medieval" no nosso ouvido é justamente o fato da música ser modal. A música que o Ocidente está acostumado a ouvir, tanto as eruditas quanto as populares, é uma música tonal.
O que diferencia esses dois estilos é justamente a escala em que a música se baseia: na música tonal, as escalas são construídas sempre nas seguintes ordens de intervalo entre os graus: Tom, Tom, Semitom, Tom, Tom, Tom, Semitom (Modo Maior) ou Tom, Semitom, Tom, Tom, Semitom, Tom, Tom (Modo Menor).
Antes do período Renascentista, sobretudo antes do século XVI, a música era modal, ou seja, compunha-se em qualquer um dos antigos modos gregos (Jônio, Dório, Frígio, Lídio, Mixolídio, Eólio). Esses modos dizem respeito ao arranjo dos intervalos entre os graus da escala: em cada modo há um arranjo diferente de Tons e Semitons.
Ao ouvir uma música que não está nem no Modo Maior, nem no Modo Menor, seja música Medieval ou Música Oriental ou Música Atonal, o ouvido acaba estranhando, e mesmo sem conhecer nada de música, nota-se que alguma coisa não está de acordo ao que está acostumado a se ouvir.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Bridge Over Troubled Water

Bridge over troubled water é uma música de 1970 escrita por Paul Simon. Também é o nome do álbum que a lançou. É um dos maiores sucessos da dupla Paul Simon e Art Garfunkel
A letra original e traduzida pode ser encontrada aqui .

A própria dupla cantando:




A famosa versão do Elvis cantando:

Mahalia Jackson

Mahalia Jackson é com certeza uma das maiores cantoras gospel de todos os tempos.... Sua voz é realmente incrível:





Ao meu verd, sua voz tem é algo ainda não se consegue definir. Não há palavra disponível para qualificar tanta musicalidade.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Verão, das Quatro Estações



3º Movimento do Verão, das Quatro Estações. Bem adequado para as tempestades que estão ocorrendo no Brasil. :-)

As Quatro Estações, de Vivaldi, são um subconjunto de quatro concertos para violino. Subconjunto porque os quatro fazem parte de um conjunto maior, de 12 concertos, que integram "Il cimento dell'armonia e dell'inventione" (O duelo entre a harmonia e a invenção, tradução livre), reunidos sob o Op.8.

As Quatro Estações são um bom exemplo do que se chama música programática, ou música de programa, que nada mais é do que quando o autor evoca elementos externos, extramusicais, como idéias e imagens. É uma música descritiva. Nesse caso, cada concerto descreve uma estação do ano.
O oposto da música de programa é a música absoluta, que existe por si só, sem nenhuma referência extramusical.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Bolero de Ravel

Me perguntaram sobre o tal Bolero de Ravel que eu falei no post do Debussy. São ambos da fase impressionista da música.
Tá aí, Bolero de Ravel, tocado pela orquestra do pirotécnico (literalmente, em 6:30) violinista holandês Andre Rieu. Só faltaram mesmo as participações dos trapezistas do circo Vostok, da mulher barbada tocando tuba e do Richard Clayderman no piano.



*Obs: O primeiro instrumento que começa a tocar o tema é o pouco famoso Corne inglês (ia por o link da wikipedia em português, mas colocaram a foto errada, de oboé d'amore, outro instrumento da mesma família). É da família das palhetas duplas, e geralmente quando precisa ser tocado em alguma peça, em alguma participação especial, como no segundo movimento da Sinfonia n. 9 de Dvorak, do Novo Mundo, é tocado pelo oboísta, que alterna entre os dois instrumentos, às vezes dentro de uma mesma música.