sexta-feira, 30 de julho de 2010

Abertura 1812

A abertura 1812 é talvez a peça sinfônica mais célebre de Tchaikovsky. Ficou famosa pela alusão ao episódio em que Napoleão invade a Rússia e sofre a sua primeira queda, fortemente influencia pelo frio. Famosa também pela utilização de canhões de verdade na sua estréia (na parte final). Abaixo, uma breve descrição da música, tradução livre do artigo em inglês da Wikipedia(http://en.wikipedia.org/wiki/1812_Overture).







A música pode ser vista como uma representação fiel da batalha: em Junho de 1812, o Exército Aliado Francês, até então imbatível, com aproximadamente meio milhão de soldados fortemente armados e por volta de 1200 armas como canhões e outras peças de artilharia, cruzou o rio Niemen , na atual Lituânia, em seu caminho para Moscou. O Patriarca Ortodoxo Russo de Todas as Rússias, temeroso de que o Exército Russo pudesse ir para o campo com apenas uma parte do seu tamanho, sem experiência e pobremente equipado, convocou as pessoas para orarem por liberdade e paz. O povo russo corresponde em massa, enchendo igrejas por todo o império e oferencendo orações sinceras e sentimentais por intervenção divina (o hino de abertura, iniciado por contrabaixos, cellos e violas).

Depois, podemos ouvir notas ameaçadoras que anunciam a aproximação do conflito e a preparação para a batalha, sugerindo desespero, mas grande entusiasmo. Surge então a melodia distante de La Marseillaise (o Hino Nacional da França), que propõe a aproximação francesa. O conflito segue, a batalha retorna e segue adiante, mas os franceses continuam a avançar e La Marseillaise se torna mais eminente e vitoriosa, quase invencível.

O Tsar apela desesperadamente para o espíritio do povo russo em um apelo para prosseguir e defender a Rodina (Terra Natal). À medida que as pessoas em seus vilarejos levam em consideração seu apelo apaixonado, nós ouvimos música tradicional russa. La Marseillaise volta com força à medida que os franceses se aproximam de Moscou. Então o povo russo começa a deixar suas vilas e cidades em direção a Moscou, aumentando a força da musica tradicional e, como estão reunidos juntos, há uma sugestão de celebração.

Agora, podemos ouvir La Marseillaise em contraponto com a música russa, representando o conflito das tropas nas planícies a oeste de Moscou, e Moscou é incendiada. No exato momento em que Moscou está ocupada e todos parecem estar sem esperanças, o hino que abriu a peça é ouvido de novo, representando a intervenção divina, trazendo um frio sem precedentes, o qual os franceses não podem suportar (podemos ouvir os ventos rigorosos do inverno assoprando na música). Os franceses tentam recuar, mas suas armas, emperradas no solo congelado, são capturadas pelos russos e viradas contra eles. Finalmente, ouvimos como celebração os canhões atirarando e sinos de todas as igrejas ao redor da terra ressoando em ação de graças pela libertação dos "inimigos cruéis e traiçoieiros".

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